"Música é uma só": review sobre Candlelight Dance - concerto à luz de velas com os maiores hits da dance music
No mês passado, recebemos um convite para conferir o Candlelight Dance, concerto à luz de velas com os maiores hits da música eletrônica organizado pela Fever no Teatro Bradesco em São Paulo. Nesta terça-feira, 27 de julho, foi o dia em que pudemos ouvir algumas das maiores sonzeiras que amamos sendo interpretadas ao vivo, de uma forma diferente daquela que estamos acostumados.
A controladora foi substituída por violinos, violas, teclado, bateria, flauta e outros instrumentos constituindo uma linda orquestra, que com sua animação e arte, nos transportaram para o mais próximo das pistas de dança que estivemos desde que a pandemia global fez com que os eventos tivessem de ser pausados momentaneamente.
Foi possível sentir a boa energia dos músicos do grupo Monte Cristo Coral e Orquestra, responsáveis por todos os concertos Candlelight na capital paulista. Não à toa, desde que a primeira nota saiu de cada instrumento, lágrimas de emoção percorreram vários rostos dos ali presentes e era possível perceber no ar o sentimento de nostalgia que preenchia os corações: que saudade das pistas de dança!
Com um programa para ninguém colocar defeito, o Candlelight Dance apresentou clássicos como "Call On Me" do Eric Prydz, "Better of Alone" de Alice Deejay, "Don’t You Worry Child" do trio sueco Swedish House Mafia, um medley incrível com os hinos de Avicii e outras tracks incríveis que, ao serem tocadas, foi impossível ficar parado.
E assim foi a resposta da plateia, que não pôde evitar de bater palmas, dançar nas cadeiras e demonstrar muita animação à medida que cada track fora apresentada. Além do público, os intérpretes também não foram capazes de conter a empolgação. O flautista soltava um “UHU” a cada troca de música, o baixista pulava enquanto dedilhava as cordas do baixo, o baterista puxava constantemente palmas no ritmo das músicas, e assim a energia contagiou cada centímetro do local. Do break até o drop, não há palavras capazes de descrever a perfeição dos solos de flauta e violino, responsáveis pela melodia das faixas, nos remetendo àqueles momentos em que fechamos os olhos, abrimos os braços, abraçamos um amigo nas pistas de dança e agradecemos pelos momentos vividos por causa da música.
Além do acalanto sonoro, o Teatro Bradesco, local escolhido para a apresentação, também impressiona por sua magnitude e beleza, se tornando um ambiente ainda mais aconchegante com a presença de incontáveis velas espalhadas pelos palcos. A experiência foi completa – e segura – já que o teatro não está operando em sua máxima capacidade devido às medidas de segurança contra o coronavírus. Diversos assentos estavam bloqueados para garantir o distanciamento social e o uso de máscara cobrindo boca e nariz era obrigatório. Por isso, além da alegria em assistir um show ao vivo novamente, estar em um ambiente seguro permitiu que a experiência tivesse um total de zero defeitos.
Ademais, a produção da Fever permitiu que conversássemos com os músicos ao final do espetáculo, o que foi essencial para a construção dessa matéria tão especial, já que queríamos entender a fundo como os artistas se sentem ao se aproximarem do estilo musical que tanto amamos. Julio Nogueira, baixista do grupo, disse achar sensacional a junção da música eletrônica com a música erudita, especialmente em um ambiente como o do Candlelight, com a presença das velas e todas as características que compõem o cenário do teatro. “Como eu faço o bassline, eu pulo, danço, me divirto e levanto o público junto comigo”, ele conta. Era perceptível a felicidade dos músicos em estar de volta aos palcos depois de tanto tempo em casa, e o artista comentou como é bom poder contar com um evento incrível desse porte, com uma produção tão dedicada e recebendo tantos feedbacks positivos do público.
O violista Renan Galvão também contou à Play que o espetáculo permite com que eles pulem, agitem e se entreguem à música independente de que vertente estejam apresentando. “A música é uma só, a gente precisa sentir e fazer os outros sentirem”, ele declara.
Uma tecla que sempre batemos por aqui é como a música eletrônica é muito mais do que um simples “tunts tunts”, como muitos erroneamente ainda acreditam, e o concerto Candlelight é mais uma prova disso. Apresentando a interseção entre a dance music e a música erudita, o show é capaz de nos dar mais insumo para combater os preconceitos que existem dentro da cena musical. Como os próprios artistas disseram, “música é uma só” e inserir diferentes estilos em contextos inusitados como o concerto se propõe a fazer só reforça as infinitas possibilidades que existem por aí, musicalmente falando.
Portanto, agradecemos ao Candlelight e à Fever pelo convite e esperamos que nosso relato seja capaz de transmitir um pouquinho do que presenciamos no Teatro Bradesco ao som dos maiores hits da música eletrônica interpretados pelos instrumentistas da Monte Cristo Coral e Orquestra. Vale ressaltar que além do Candlelight Dance, trilhas sonoras de filmes, ballet, clássicos do rock e diversos outros também são alguns dos temas que podem ser apreciados à luz de velas, então não perca essa oportunidade.
Para mais informações a respeito do evento, confira o site da Fever clicando aqui e garanta já seu ingresso.
Sobre o autor
Cissa Gayoso
Sendo fruto do encontro de uma violinista com um violonista, a música me guia desde sempre e nela encontrei a família que escolhi para chamar de minha. A partir de 2021, transformei minha paixão em profissão e, desde então, vivo imersa nas oportunidades e vivências que este universo surpreendente da arte me entrega a cada momento! De social media à editora-chefe da Play BPM, as várias facetas do meu ser estão em constante mudança, mas com algumas essências imutáveis: a minha alma que ama sorrir, a paixão por música, pela arte da comunicação, e as conexões da vida que fazem tudo valer a pena! 🚀🌈🍍