Arte, emoção, felicidade e amor: relembre como foi a estreia da Anjunadeep no Brasil
Antes de começar esse texto, gostaria de convidar você, leitor, a fechar os olhos, colocar um set gostoso para ouvir, imaginar um momento de muita felicidade na pista de dança e embarcar comigo nesta viagem!
Cada amante da música eletrônica tem sua preferência musical, seu festival preferido ou sua label do coração e, no meu caso - tirarei licença agora para falar na primeira pessoa - o selo Anjuna é o que invade meu ser de uma forma diferente, haja visto que meus DJs preferidos são o trio Above & Beyond e sua incrível capacidade de transmitir tanta emoção através da arte. Por isso, esse não será um simples review à respeito de um evento, mas uma declaração de amor e gratidão por ter vivido a estreia da label party Anjunadeep no Brasil.
Durante a pandemia, mergulhamos em sets, lives e house parties, e eu não consigo nem mensurar a quantidade de vezes em que vídeos e músicas da Anjuna me trouxeram paz em meio ao caos e sentido para continuar um dia de cada vez, com a certeza e a esperança de viver tudo aquilo ao vivo! E assim aconteceu, no dia 6 de setembro de 2022, data que ficará para a história da cena eletrônica brasileira, quando artistas e fãs da label se reuniram na ARCA, em São Paulo, para terem a experiência completa da Anjunadeep, em uma noite mágica de entrega à música e ao presente.
Assim que você entrava no local do evento, o coração já começava a errar as batidas ao mergulhar em toda a atmosfera da label, coroada pelo lindo símbolo posicionado acima da cabine dos DJs, dando indícios de que a noite, que estava apenas começando, seria impecável. De cara, a estrutura montada no icônico local de eventos da capital paulista parecia perfeita para receber a energia do selo, com um jogo de luzes que dava um show à parte, fazendo-nos imergir de corpo e alma na magia da Anjuna.
Abrindo a pista, Drelirium, projeto de progressive house do brasileiro Dre Guazzelli, fez seu debut no selo com um set quase 100% autoral, e dava para perceber a felicidade do DJ e produtor em estar naquele palco. Realizando um grande sonho, Dre estreou oficialmente seu alias, fazendo um warm up de respeito que, com certeza, estará para sempre no coração não só dele, como de todos os presentes. Logo após, o também brazuca Rigooni, que já lançou pela Anjuna e recebeu suportes do próprio Tony McGuinness, mostrou porque seu relacionamento com a marca faz tanto sentido, com um set envolvente totalmente autoral, apresentando todo seu talento e amor pela dance music.
E agora começa a sessão de artistas estrangeiros que se apresentaram pela primeira vez em terras verdes e amarelas, a começar pelo americano Luttrell, que debutou no país e não pôde conter a alegria em estar na cabine da ARCA. Com seu estilo único, o artista apresentou um set lindo de ouvir e gostoso de viver, mantendo a energia da pista lá em cima, contando uma história que fez todo sentido, terminando no tom perfeito para entregar o comando da CDJ para Ben Böhmer.
Em meio à multidão, o som que acaricia, aconchega e emociona do DJ e produtor alemão invadiu cada centímetro do local, causando uma espécie de calmaria extasiada - se é que isso existe. As melodias únicas de Böhmer são sua marca registrada, e o artista fez jus à elas, apresentando algumas de suas mais icônicas tracks, como “Beyond Beliefs” e o remix emocionante de “Father Ocean”, que fez todos cantarem em coro e se entregarem àquele momento. O set de Ben foi exatamente o abraço que precisávamos, e em sua primeira vez em solo brasileiro, o abraçamos de volta!
Sabe quando o que já está incrível se torna ainda melhor? É o que conseguiu fazer Franky Wah ao tomar o comando da CDJ para si e entregar um set tão especial que fica até difícil descrever em palavras. O britânico estava mais que inspirado - além de extremamente feliz por também estar pela primeira vez no Brasil, transformando a próxima uma hora e meia em um verdadeiro baile, entregando tudo o que temos direito: emoção, agito, carisma, viradas impecáveis e uma seleção musical para ninguém colocar defeito. E quando menos esperávamos, Wah ainda fez questão de demonstrar todo seu amor e carinho pelo BR, ao vestir uma camisa da seleção e balançar a bandeira do país, levando o público à loucura, enquanto uma música que é a cara da gratidão saía das caixas de som e coroava o momento lindamente. E parece que assim como Franky nos marcou, nós também deixamos uma grande marca em seu coração, transformando a noite na melhor de sua vida, nas palavras dele. We should’ve seen that coming, não é?
Por fim, Eli & Fur - que na ocasião foi só Eli mesmo - pegou a pista fervendo e embora a dupla estivesse desfalcada em número, a entrega não teve nenhum prejuízo, muito pelo contrário. Eliza Noble guiou o público em uma viagem digna de arrepiar todas as moléculas do nosso corpo, com um set sensual e cheio de personalidade, que foi exatamente o que precisávamos para colocar a cereja do bolo na noite que chegava ao fim.
Com arte, emoção, felicidade e amor, cada artista contou sua própria história, enquanto sinergicamente, escreveram juntos um livro, com início, meio e fim, nos levando para um verdadeiro estado de graça e gratidão durante nossa jornada. A dedicatória desse livro? Ah, essa vai para a família que nós escolhemos, que está ao nosso lado dentro e fora das pistas, que compartilha do mesmo amor e razão de viver, a Anjuna Family, que transformou o dia 6 de setembro em uma data para guardar com muito carinho no lado esquerdo do peito.
Já estamos ansiosos para viver tudo isso novamente!!
Obrigada Anjunadeep! Obrigada Anjuna Family! Obrigada ARCA! Obrigada Vida!
Sobre o autor
Cissa Gayoso
Sendo fruto do encontro de uma violinista com um violonista, a música me guia desde sempre e nela encontrei a família que escolhi para chamar de minha. A partir de 2021, transformei minha paixão em profissão e, desde então, vivo imersa nas oportunidades e vivências que este universo surpreendente da arte me entrega a cada momento! De social media à editora-chefe da Play BPM, as várias facetas do meu ser estão em constante mudança, mas com algumas essências imutáveis: a minha alma que ama sorrir, a paixão por música, pela arte da comunicação, e as conexões da vida que fazem tudo valer a pena! 🚀🌈🍍